Série especial Itaúnas (3): as praias
Dos 35 km de faixa litorânea que estão incluídos nos limites da área do Parque Estadual de Itaúnas apenas dois pontos estão realmente estruturados para receber os banhistas: a praia central, na vila, e a do Riacho Doce, na divisa com a Bahia. Esta última, aliás, já foi considerada a 2ª praia deserta mais bonita do Brasil pela Revista Viagem e Turismo (como lembrou a Gabi neste comentário), embora eu conteste seriamente o adjetivo “deserta”.
Mesmo nas áreas em que existe alguma infra-estrutura de apoio, há uma série de restrições impostas pela administração do Parque aos barraqueiros e banhistas em prol da preservação do ecossistema local (sobre elas falamos aqui). Tá certo que, numa análise bem pragmática, isso pode ter ajudado a afastar os visitantes mais tradicionais da vila (os forrozeiros), trazendo prejuízos para os barraqueiros. Mas Itaúnas sabe muito bem que não se pode brincar com a natureza! É melhor conter a inquietude das dunas a sofrer com sua constante movimentação…
Antes que eu esqueça de te avisar: o mar em Itaúnas não é propriamente um deslumbre. É agitado demais para um mergulho relaxante e sua cor na rebentação não passa de um verde amarronzado por causa dos riozinhos que desembocam na praia. Mas não foi por ouvir falar do mar de Itaúnas que você se interessou pela vila, não é mesmo? Então, bora relevar esse detalhezinho!
Praia Central:
A praia central é a mais próxima da vila. Está a apenas 500 metros da ponte que atravessa o rio Itaúnas. São 15 minutos de caminhada a partir do Centro de Visitantes, na Av. Bento Daher. Precisava dizer que o carro é absolutamente desnecessário nesse caso? Pois eu digo: faça um favor ao meio-ambiente e ao seu corpo; não vá de carro! Não seja mais um a desrespeitar a placa de “não-estacione” ao longo da estradinha. Dê o exemplo! Pronto, falei.
A grande atração da praia central de Itaúnas são elas: as dunas. Um paredão de areia de quase 30 metros se coloca entre a estradinha e a praia, impedindo que você acesse a orla de imediato. Por isso, não há alternativa. Depois da pequena caminhada até a entrada da praia, você ainda vai ter que subir e descer as dunas para, finalmente, alcançar o mar. É provável que você nunca tenha suado tanto para ir à praia…
Lá embaixo, sete barracas disputam a preferência dos banhistas. Sobre elas, porém, falarei em outro post.
Riacho Doce:
A segunda praia deserta mais bonita do Brasil – segundo a Revista Viagem e Turismo – já não é mais tão deserta assim (e, na minha opinião, nem tão bonita assim…). Há algum tempo que a praia do Riacho Doce foi ocupada por barracas de praia – tanto do lado capixaba, quanto do lado baiano – que atraem um grande grupo de turistas.
Para chegar à praia, você terá que andar por aproximadamente 12 km desde o Centro de Visitantes, na mesma estradinha de terra que dá acesso à praia central (sim, aqui você pode ir de carro). Prepare-se para sacolejar por entre labirintos de eucalipto (plantados ou cortados).
Para não se perder é só seguir as placas bem-humoradas – mas de gosto duvidoso – que indicam a direção da Pousada e Restaurante do Celsão, a mais famosa daquela região (ih, olha aí, até eu entrei na onda das rimas…). Não tem erro!
Chegando no Celsão, ande por mais 800 metros até a área de estacionamentos (paga-se R$5,00 para deixar o carro sob a vigilância de algum morador). A partir daí, siga a pé por mais 800 metros dentro de uma propriedade particular até chegar à beira da praia.
A maior atração da praia do Riacho Doce é o próprio Riacho Doce, um riozinho de águas turvas que serve de divisa natural entre o Espírito Santo e a Bahia. Do lado de cá da margem, o Espírito Santo se despede; do lado de lá, a Bahia te acolhe. Tem desculpa melhor que essa para tirar uma foto, por assim dizer, irreverente? Então, vá lá, aproveite as plaquinhas “Sorria, você está no quiosque da Maria, o último do Espírito Santo” e “Sorria, você está no primeiro quiosque da Bahia” para se esbaldar…
Leia mais sobre Itaúnas:
Réquiem de um litoral ou Manifesto pela valorização de Itaúnas
Lugar onde eu passei alguns anos da minha infacia,Quando itaunas nem ixistia no mapa era inda um deserto quaze desconhecido, fui muito feliz nees lugar pois tinha todo esse paraiso aos meus pés.
Me lembro de alguns amigos de infancia que erá nascido em Iatunas uma mais lembrada se chamava Geruza e seu irmão Jorge os demais não me lembro, quando meus pais moravam ai eles decidiram ter um filho Itaunesse e tiveram a minha irmã Irante que é itaunesse. seinto saudades e tenho muita vontade de ir passea ai e rever Itaunas pois faz 35 anos atraz quando eu morava no deserto de Itaunas porque eu não morava na cidade eu morava na beira do mar bem lonje do lugareja como erá chamado antes, meu pai na época tomava conta de trita mil alqueiros de plantação de coco.
Concordo que a praia do Riacho Doce não é assim tão deserta, nem tão bonita.
Mas, mesmo assim, o passeio vale a pena!
Você só gosta de mar azul bebê. Tá tentando ser o Ricardo Freira capixaba? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Coitado!
Mar bom é mar limpo, amigo.
“Pois eu digo: faça um favor ao meio-ambiente e ao seu corpo; não vá de carro! Não seja mais um a desrespeitar a placa de “não-estacione” ao longo da estradinha.”
Ande mesmo com cadeiras, crianças no sol esturricante… AHAM.
Só pra constar: esse comentário grosseiro está devidamente respondido aqui: https://www.rotascapixabas.blog.br/2010/09/14/requiem-de-um-litoral-ou-manifesto-pela-valorizacao-de-itaunas/#comment-8251, ok?