Rotas na Europa: o planejamento da viagem

publicado por Tiago dos Reis em 04 de maio de 2012
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Esse post pertence à série “Outras Rotas” do “Rotas”. Nela, os nossos blogueiros fazem relatos de suas viagens fora do Espírito Santo. Se quiser conhecer mais sobre esses relatos, basta clicar na aba “Outras Rotas” ali no topo do site para ter acesso a todos os posts separados por destino.

Viajar para a Europa era um desejo antigo meu e da Renata que foi adiado várias vezes por falta de “tempo”. Sabe aquele sonho de uma segunda lua-de-mel? Pois então. No nosso caso, esse sonho sempre teve a Europa como cenário. Mas foi só três anos depois da nossa primeira lua-de-mel que a gente finalmente conseguiu arrumar o “tempo” necessário para a segunda.

Sim, essa primeira viagem à Europa foi pensada como uma típica lua-de-mel. E por isso mesmo, como eu disse aqui, ela foi desenhada da forma mais tradicional e clichê possível: um giro por Roma, Florença, Veneza e Paris.

A escolha dos destinos

Não foi nada fácil chegar a esse consenso. Nós, como quase todo mundo que planeja a sua primeira viagem à Europa, também nos debatíamos frequentemente com a tal síndrome do overplanning, que o Ricardo Freire explica aqui. Testar a evolução do meu inglês em Londres era algo que eu não abria mão inicialmente. A Renata queria porque queria passear por “campos floridos de girassóis” no interior da Toscana. E nós achávamos Paris incrivelmente perto dos chocolates e cervejas belgas para não visitar Bruxelas.

Nesse ponto, como em vários outros, a ajuda do Viaje na Viagem foi fundamental. Foi preciso ler e reler posts como o que eu citei acima, esse e esse, para fincar o pé no chão e finalmente traçar as prioridades e o ritmo da nossa viagem: nada de pinga-pinga e grandes deslocamentos. Para nós, a Europa seria o cenário de um romance, não de uma maratona. Por isso o foco final naquelas quatro cidades.

Focar em quatro cidades foi algo intuitivo que, mais à frente, se revelou matematicamente acertado de acordo com o cálculo que o Ricardo Freire ensinou nesse post. Em resumo, ele diz que, para uma viagem mais tranquila e sem atropelos, o ideal é que o resultado da divisão do número de dias pelo de cidades que você vai ficar seja igual a 5. Ao todo, nós teríamos 22 dias para essa viagem. Tirando os dias da chegada e da partida (outra coisa que eu aprendi com ele nesse post), seriam 20 dias líquidos na Europa. Fazendo o cálculo inverso, 20 dividido por 5 dá? 4. Exatamente o número de cidades que a gente havia escolhido.

Roma

A partir daí, a coisa evoluiu mais facilmente. De certa forma, nós já sabíamos quais seriam as 4 cidades. Florença foi escolhida pelo fascínio que a Toscana desperta na Renata. Veneza, pelo fetiche que seus canais e gôndolas despertam nos casais apaixonados. Paris por ser Paris. E Roma por tudo o que ela representa para nós, católicos. Quando a gente se deu conta que poderia assistir alguma das celebrações previstas para a Semana Santa em plena Praça São Pedro, no Vaticano, nós não hesitamos nem um minuto em colocar Roma bem no início do nosso roteiro.

Quantos dias em cada cidade?

Por outro lado, distribuir os 20 dias pelas quatro cidades também foi fácil. Tudo por causa desse post do Viaje na Viagem, que eu já citei acima. Nele, o Ricardo Freire dá dicas de quantos dias ficar em cada cidade da Europa. Para ele são ideais 4 dias inteiros em Roma, 3 dias inteiros em Florença, 3 dias inteiros em Veneza e 6 ou 7 dias inteiros em Paris. “Dias inteiros” quer dizer “sem considerar o dia do deslocamento na sua conta de dias no lugar”.  Por isso, nós teríamos que sacrificar um dia inteiro em uma daquelas cidades para encaixar no nosso calendário. A escolhida foi Veneza por uma razão bem simples: eu sempre achei que Veneza, por toda a sua singularidade, fosse a cidade mais cara das 4. E um dia a menos em Veneza representaria uma folga considerável no orçamento. No final das contas, nosso itinerário ficou: 5 noites em Roma (4 dias inteiros), 4 noites em Florença (3 dias inteiros), 3 noites em Veneza (2 dias inteiros) e 7 noites em Paris (6 dias inteiros). Acrescente nessa conta mais 2 dois dias – um da ida e o outro da volta – e pronto. Estavam definitivamente distribuídos os nossos 22 dias de férias.

Aliás, “não considerar o dia do deslocamento na conta de dias na cidade” foi uma das melhores coisas que fizemos nessa viagem. Isso foi fundamental para evitar corre-corre e cansaço. Não sabia o quão bom era chegar num lugar sem ter preocupação com compromissos no mesmo dia e, mais ainda, sem ficar com dor na consciência por decidir ficar descansando no hotel ou fazendo coisas mais lights pelos arredores.

As passagens

A essa altura, eu já estava com as passagens compradas, claro. Inicialmente, eu fiz o levantamento dos voos e companhias aéreas disponíveis pelo Kayak, seguindo a indicação de um colega de trabalho. Nele, você consegue fazer pesquisa por “múltiplos destinos”, o que te permite incluir vários trechos numa mesma passagem. Acabei optando pela Air France. Montei o itinerário de voos da seguinte forma: RJ X Roma (com escala em Paris), Veneza X Paris e, por fim, Paris X RJ. O trecho Vitória X RJ X Vitória eu emiti com milhas Smiles, mesmo sabendo que, com isso, eu perderia a franquia de bagagens válida para voos internacionais.

Florença

Entre Roma, Florença e Veneza, optamos pelo deslocamento de trem. Compramos as passagens pelo site da Trenitalia, seguindo o passo-a-passo que o Ricardo dá aqui.

Os hotéis

Falarei sobre cada um dos hotéis que fiquei na Europa em posts específicos. Por ora, basta dizer que todas as nossas escolhas foram feitas tomando como parâmetro a avaliação do hotel no Trip Advisor e, na medida do possível, os comentários dos leitores no Viaje na Viagem (veja aqui, aqui e aqui). A única exceção foi o hotel de Florença, que eu escolhi seguindo a dica que a Mari Campos deu aqui.

Além disso, eu devo ao Rodrigo Purisch, do Aquela Passagem, uma das melhores dicas que eu recebi nessa fase de planejamento da viagem. Ela veio nesse post, em que ele avisou sobre a promoção envolvendo o programa de fidelidade A-Club da rede hoteleira Accor. Sem querer, eu descobri que poderia aproveitar os pontos acumulados no meu cartão de crédito para pagar o hotel de Paris. E as 7 noites que nós ficamos no Adagio Paris Opera nos saíram por um terço do preço que pagamos nas 3 noites do hotel de Veneza.

A reserva dos passeios

A partir daí, o trabalho foi de seleção das atrações e definição do dia-a-dia da viagem. Nessa etapa, foram dias e dias lendo guias e blogs de viagem pela internet afora para decidir o que ver e fazer. O resultado dessa seleção vocês verão nos próximos posts. Por ora, basta dizer que, na medida do possível, fiz todas as reservas e compras de passeios antes da viagem. O Roma Pass, que dá acesso a museus e a todos os meios de transporte público em Roma, eu comprei por aqui. A entrada para o Museu do Vaticano aqui. Os ingressos para as Galerias Uffizi e Accademia, em Florença, aqui. E o acesso com hora marcada para a Torre Eiffel eu garanti aqui. Tudo isso eu descobri lendo esse post do Viaje na Viagem. Nossa única “pendência” foi o Paris Museum Pass que, apesar de ser vendido pela internet (veja aqui), não é muito conveniente em termos de entrega: ou ele te cobra uma taxa para entregar no hotel ou você o retira, sem ônus, num ponto de entrega que fica no bairro Pyramides. Por isso, eu deixei para comprar o passe num dos vários balcões de vendas disponíveis no Aeroporto Charles de Gaulle (veja aqui).

Veneza

Vem mais Europa por aí! Nos próximos posts, acompanhe o início da nossa passagem por Roma.

Leia todos os posts da série “Outras Rotas” clicando aqui.

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Comentários

  1. 04 maio 2012

    Oba! E tomara que a dica do hotel tenha sido boa 😉

    • 04 maio 2012

      Claro que foi, Mari! Ficamos no Florence Room e gostamos muito!
      Depois vou contar mais detalhes.

  2. Diana
    04 maio 2012

    Entrei aqui pra ver se tinha algum post da Europa… Oba! Adorei esse primeiro relato! Nós vamos na terça-feira… Vocês compraram chip de alguma operadora na Itália? Lembra o nome do plano? Pelo bem do meu Instagram, me dá essa dica, rs! Abraços!

    • 04 maio 2012

      Caramba, Diana, tá pertinho! Ô inveja boa!!! 🙂
      Mas, ó, eu não comprei chip na Itália, não. Só usava wi-fi pelo Ipod mesmo. Mas tem um monte de dicas nesse post do Fred do Sundaycooks, principalmente nos comentários: http://sundaycooks.com/2011/07/06/como-usar-a-internet-3g-no-exterior/. Dá uma olhada, se é que vc já não viu.
      Se bem que, na atual conjuntura, seria ótimo se vc não usasse o Instagram por lá. Pelo menos, eu não ficarei depressivo por ter voltado! ehehehehe
      Boa viagem pra vocês!

  3. Tiago .. Amei!!!

    Como sempre suas séries são bem detalhadas, a começar por São Pedro do Atacama e Chapada da Diamantina, tenho certeza que a da Europa será imperdível!!!!

    Este post está completíssimo, além do seu relato, compilou o melhor do planejamento do Riq Freire!!

    Não fui a Europa ainda, por falta de #tempo#.. rsrsrs, entretanto seu post vai ficar guardadinho para quando surgir a oportunidade!!!!

    Beijosss

    • 05 maio 2012

      Oi, Erika! Muito obrigado pela visita e elogios!
      Vou ficar na torcida pra você conseguir o “tempo” necessário pra sua também! E posso te garantir uma coisa: vale cada fração de “segundo” investido, viu? rsrs
      Abs

  4. 13 maio 2012

    Olá Tiago,
    Retribuindo a visita… Que roteiro maravilhoso! Tenho certeza de todo o “deslumbre” que foi, pois eu mesma não canso de ver minhas fotos e ficar dias escrevendo um único post. “Tempo” é bem difícil, mas quando a gente está lá, dá para ser feliz com pouco!
    Ah… respondendo a Diana: comprei o chip da Tim, plano especial para Internet mas que te dá inúmeras ligações e funcionou perfeitamente para tudo! E que velocidade de conexão!

    • 14 maio 2012

      Oi, Celina! Obrigado pela visita!
      Sim, ter “tempo” é o mais difícil. Não fosse ele, já estaria programando a próxima viagem para a Europa! ahahaha

  5. 14 maio 2012

    Adorei Tiago! Super post pra quem quer ir a Europa e não sabe por onde começar. Aliás, eu curto muito seu blog. Posts informativos sem serem chatos 🙂 Abraço,

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