Notas sobre a Expotur 2012 e o artesanato capixaba

Nesse final de semana, aconteceu o 8º Salão do Turismo do Espírito Santo na Praça do Papa, em Vitória (veja aqui). Eu, que nunca tive a oportunidade de participar das edições anteriores, fiz questão de visitar a exposição no sábado para xeretar como andam as coisas no nosso trade turístico oficial.

Tá, eu sei. Seria demais querer que o “turismo independente” estivesse representado na programação do evento, como aconteceu no Salão Baiano de Turismo (veja aqui), que teve um painel específico sobre o “viajante independente” com palestras de Ricardo Freire (Viaje na Viagem), Alison Mcgowan (Hidden Pousadas Brazil) e Tony Galvez (De viaje a Brasil). Mas, no final das contas, gostei do que vi.

Agroturismo capixaba

Gostei de ver, por exemplo, que o turismo náutico ganhou um fórum específico de discussão dentro do evento (o II Fórum de Desenvolvimento do Turismo Náutico no Espírito Santo) e que tem recebido especial atenção do Governo do Estado dentro do projeto estadual de desenvolvimento turístico. Foi a Lucia Malla, do blog Uma malla pelo mundo, que me chamou a atenção para isso. No dia em que eu a conheci pessoalmente, a Lucia fez questão de ressaltar as riquezas do nosso mar (em especial, o de Guarapari) e dizer que o turismo náutico era a grande trincheira inexplorada do nosso turismo. Aliás, Setur, no fórum do ano que vem, que tal convidar a Lucia, capixaba de coração, para compartilhar toda a sua experiência e conhecimento nessa área? #ficaadica

Gostei de ver também a riqueza da nossa gastronomia reproduzida nos stands do agroturismo (do qual eu tenho bastante orgulho) e nos quiosques da praça de alimentação. Unir a tapioca e a carne de sol do norte às massas caseiras das nossas montanhas não é para qualquer estado, não gente!

Mas gostei mais ainda de ver a pujança e beleza do artesanato que é produzido aqui no Espírito Santo. A Expotur dedicou um espaço ao 3º Salão do Artesanato (veja aqui) e reuniu o que há de melhor em trabalhos manuais no nosso estado.

Tinha de tudo um pouco. As belas cerâmicas de São Mateus:

E da Grande Vitória também:

Os trabalhos em tecido das bordadeiras de Nova Venécia:

E de bordadeiras de tudo quanto é lugar do estado:

Os famosos pios de Cachoeiro de Itapemirim:

As casacas da Serra, Barra do Jucu e Aracruz:

E os belíssimos trabalhos em madeira de um artesão de Marechal Floriano, retratando dois dos maiores símbolos da fauna e flora capixabas:

Os colibris capixabas

As orquideas capixabas

Tudo isso foi catalogado e publicado pelo Governo do Estado nesse livro aqui ó:

Pena que eu não o encontrei à venda em lugar nenhum da feira! 🙁

No final das contas, achei bem positivo o balanço da Expotur. Só espero que, num futuro não muito distante, ela agregue espaço para o “turismo independente” na grade de programação. #ficamaisumadica

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