Florença e as igrejas

publicado por Tiago dos Reis em 24 de julho de 2012
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Esse post pertence à série “Outras Rotas” do “Rotas”. Nela, os nossos blogueiros fazem relatos de suas viagens fora do Espírito Santo. Se quiser conhecer mais sobre esses relatos, basta clicar na aba “Outras Rotas” ali no topo do site para ter acesso a todos os posts separados por destino.

Lá vou eu chover no molhado novamente. Mas não conheço uma só cidade histórica nesse mundo que não deva boa parte da sua riqueza arquitetônica e cultural à Igreja Católica. E Florença não é diferente. A história da cidade anda lado a lado com as suas igrejas. Por isso que, além dos museus, as igrejas de Florença são pontos turísticos obrigatórios para uma primeira viagem.

A mais famosa delas é a Igreja de Santa Maria del Fiore, também conhecida como Duomo.

O Duomo é a construção mais alta da cidade. Os mais dispostos podem enfrentar os 463 degraus que levam ao topo da cúpula da igreja para experimentar a vista que se tem lá de cima. Eu, porém, vou ficar devendo uma foto. O tempo não colabarou.

Sua fachada em mosaico de mármores branco, verde e rosa é de 1871, mas a construção da igreja começou em 1293. Em 1463 foi finalizado o grandioso domo, projetado por Brunelleschi, considerado o maior de sua época a ser construído sem a utilização de andaimes.

Além da catedral, o “complexo turístico” do Duomo é formado pelo Campanário de Giotto, pelo Batistério de São João, e pelo Museu Opera do Duomo.

O campanário, projetado por Giotto em 1334, fica bem ao lado da entrada principal. Suba-o se você gosta mesmo de vencer obstáculos. Do contrário, reserve a sua disposição para a subida à cúpula do Duomo.

O Batistério de São João é considerado, por muitos, a construção mais antiga da cidade. Diz-se que é do século 4. É famoso por seus portões de bronze e por ter sido o lugar de batismo de muitos florentinos ilustres, como Dante Alighieri.

O interior do batistério chama atenção pelo teto, todo em mosaico de pinturas que remetem ao julgamento final.

No museu, as maiores atrações são os painéis originais de Lorenzo Ghiberti para a porta leste do batistério (também conhecida como Porta do Paraíso), as esculturas Madalena, de Donatello, e Pietá florentina, de Michelangelo.

Madalena, de Donatello

Essa última é uma das três Pietás esculpidas por Michelangelo. A mais famosa delas, como você sabe, está na Basílica de São Pedro, em Roma (veja aqui). Mas a Pietá florentina guarda uma curiosidade: nela, Michelangelo teria realizado o seu auto-retrato no rosto de Nicodemo, o santo que sustenta Jesus.

Pietá florentina, de Michelangelo

E antes que você pergunte: sim, nesse museu é permitido tirar fotos! 😀

Bem pertinho da Piazza del Duomo está a Basílica de São Lourenço, igreja da poderosa família Medici. Não se deixe enganar pela fachada modesta. Lá dentro há um enorme tesouro artístico e arquitetônico.

Além da igreja, os Médici capricharam nos mausoléus da família. O lugar onde estão enterrados alguns de seus membros mais ilustres – a Capela do Príncipe e a Sacristia Nova – é um luxo só. A primeira tem até pedras semipreciosas incrustadas na parede. A segunda foi projetada por Michelangelo, que também legou três estátuas para túmulos de Médicis famosos, o Lorenzo, inclusive.

Um pouco mais distante, quase na beira do Rio Arno, está outra igreja imperdível de Florença: a Basílica de Santa Croce (Santa Cruz). O “imperdível” aqui não é tanto pela decoração, embora ela também seja ricamente adornada. A Santa Croce é imperdível por guardar os túmulos de vários florentinos famosos, como Michelangelo, Galileu e Maquiavel.

Homens que, de certa forma, foram responsáveis por levar você a Florença.

Túmulo de Dante Alighieri

A verdade é que você pode ficar dias passeando pelas igrejas de Florença. Mas, numa primeira visita, essas três talvez sejam um bom começo.

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