Paris com bebê: (nosso) roteiro de 4 dias
Eu já falei aqui como a nossa forma de viajar mudou após a chegada da Maria. Entre tantas mudanças, talvez a maior delas tenha sido no ritmo da viagem. Aqueles dias intermináveis e recheado de atrações deram espaço a um roteiro bem mais enxuto e com o mínimo de deslocamento possível. Como eu costumo dizer, a gente desacelerou para respeitar as necessidades e o tempo da Maria.
É por isso que Paris, desde o início, se tornou um destino certo para mim e para a Renata. Eu sei que ninguém precisa de desculpa para voltar a Paris. Mas, no nosso caso, voltar para uma cidade que a gente já conhecia seria a forma mais fácil de desacelerar nas férias. Nós não precisaríamos visitar aqueles lerês tradicionais que, quase sempre, tomam um tempo precioso com filas. E, ao mesmo tempo, a gente poderia focar em atrações voltadas para a Maria sem peso na consciência por estar “perdendo” alguma coisa.
Digamos que a Paris dos casais apaixonados deu lugar à Paris dos bebês. =)
Ao todo nós ficamos 5 noites em Paris, o que nos garantia 4 dias inteiros na cidade. Para esses 4 dias eu tracei um roteiro bem simples, com foco numa única atração “obrigatória”. Ao lado dela, eu acrescentei outros pontos de interesse secundários que poderiam ser visitados a depender da nossa disposição e, principalmente, do estado de espírito da Maria.
De certa forma, esse roteiro simplório nos permitiu não inflar as expectativas com a viagem. A gente já imaginava que não seria possível visitar vários lugares ao longo do dia. Por isso focar em uma única atração por dia foi a forma que eu encontrei para dar aquela sensação de dever cumprido. Tudo o que viesse além disso seria “lucro” do ponto de vista turístico.
Pois bem. A escolha das atrações principais dos nossos dias em Paris foi muito facilitada pela ajuda silenciosa de 3 blogueiros: a Sut-Mie, do Viajando com Pimpolhos; a Adélia, do Paris des Petits; e o Luciano, do Malas e Panelas. Eu li tudo o que eles já escreveram sobre a cidade e acabei traçando o roteiro com base em suas dicas e recomendações.
Nesse post eu mostro o resultado final do meu planejamento. E para que você possa aprimorá-lo ainda mais em sua viagem, farei algumas considerações pós-viagem.
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1º dia – Foco: Torre Eiffel
É claro que nós não poderíamos deixar de apresentar à Maria o maior símbolo de Paris: a Torre Eiffel. Por isso, eu a coloquei como foco do nosso primeiro dia na cidade. Mas, por motivos óbvios, a gente dispensou a subida. O que verdadeiramente importava era tirar foto com a Torre. 😉
Lá na Torre a gente fez o que todo mundo faz. Nós descemos pelo Jardins do Trocadero até chegar aos seus pés numa verdadeira sessão fotográfica. Além disso, nesse “pacote Torre Eiffel”, eu também inclui o Carrossel e o Aquário de Paris, que fica próximo ao Trocadero. Mas a gente acabou desistindo desse último pelo preço (a entrada custava 20,50 euros por pessoa) e pela “concorrência” do Oceanário de Lisboa.
Como atrações secundárias (aquelas cuja visita não era obrigatória) eu selecionei: o Museu Rodin, o Museu D’Orsay, o L’Orangerie, a Berges de la Seine e o playground da Place de La Concorde. Nós até chegamos a ir ao L’Orangerie para revisitar as Ninféias e apresentá-las à Maria, mas a fila estava grande demais para o pouco tempo que nos restava (dessa vez, comprar o Paris Museum Pass não era financeiramente vantajoso, de modo que nós não poderíamos “furar a fila” do ingresso). Por isso, a gente acabou só caminhando pelo Jardim dês Tuilleres.
2º dia – Foco: Parc de la Villette / Cite dês Enfants
Para o segundo dia, eu estabeleci como foco o Parc de la Villette por causa desse post da Dé. O parque é um verdadeiro complexo de entretenimento para crianças. Lá dentro você encontra um pequeno parque de diversões com carrossel, passeio de barco, a Cite dês Enfants – um museu inteiramente dedicado às crianças– e o Lês Vents et Lês Dunes –, um playground enorme dividido em áreas de acordo com a faixa etária. Mas, definitivamente, aquele não era o nosso dia de sorte. Primeiropor que a entrada ao Cite dês Enfants só é permitida para crianças a partir de 2 anos de idade. E segundo porque a fila para o Lês Vents et Lês Dunes estava desanimadora (era um sábado e o parque estava lotado!). No final das contas, a visita não acabou sendo muito proveitosa.
Como atrações secundárias eu selecionei o Museu George Pompidou. Aqui eu devo alertar que qualquer “atração secundária” poderia ser escolhida, já que o Parc de la Villette fica meio longe, exigindo deslocamento de metrô. Mas a gente acabou não indo.
3º dia – Foco: Zoológico de Paris
Para o terceiro dia eu escolhi o Zoológico de Paris, que foi reaberto em abril deste ano após alguns anos de reforma. A visita caiu como uma luva na atual fase “bichinhos” da Maria. E o passeio foi tão legal que vai merecer um post específico para falar dele.
Eu sabia que a visita ao zoológico nos tomaria bastante tempo. Ainda assim eu coloquei como atração secundária o Aquário da Porte Dorée, que fica bem perto e no caminho para a estação de metrô. Mas, como eu previa, a gente não conseguiu visitá-lo por falta de tempo.
Além disso, o Zoológico fica ao lado do Bois de Vincennes, um parque lindo que, com tempo sobrando, poderia ser visitado.
4º dia – Foco: Jardin des Plantes (Museu Nacional de História Natural)
Para o quarto e último dia em Paris, eu reservei um passeio pelo Jardins des Plantes, especialmente por causa do Museu Nacional de História Natural. O museu tem três atrações imperdíveis para crianças: a Galeria da Evolução Natural, com imagens em tamanho real de bichos; a Galeria de Paleontologia, com ossos de dinossauros; e a Menagerie, uma espécie de mini-zoológico.
Para crianças maiores, a visita às três atrações pode muito bem levar um dia inteiro devido ao tamanho dos espaços e exposições. Mas, na idade da Maria, a parte visual é o que interessa e nós conseguimos resumir a visita às 2 primeiras numa única tarde (incluindo o almoço no La Baleine). A gente acabou dispensando a ida à Menagerie por causa do dia anterior.
Como atrações secundárias eu separei o Jardins du Luxemburg, a Ilê de la Cite e o bairro de Saint Germain de Pres. Mas, como era o nosso último dia pela cidade, nós acabamos optando por visitar o Arco do Triunfo e retornar à Torre Eiffel para vê-la à noite.
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P.S.: A verdade é que Paris é uma cidade cheia de atrações para bebês/crianças. Não é à toa que a Adélia fez disso o tópico do seu blog, o Paris des Petits. A tarefa de planejar uma viagem para lá com bebê/crianças fica bem mais facilitada se você começar por lá. Não deixe de conferir, especialmente, esses dois posts: Roteiro de 1 semana em Paris com crianças e Top 12 dos passeios para crianças em Paris. Neles você encontrará várias dicas de passeios que farão de Paris um lugar bem mais aprazível para o seu petit.
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Que foto linda das duas *-*
AMEI o post =D
Blog do Sofá
Obrigado, Karyne!
Adorei o roteiro de vcs! Sou mãe da pequena Beatriz e nossas férias agora giram em torno dela. Gostaria de saber sobre a alimentação pra os pequenos em Paris, é possível alimentar – las de forma “saudável ” lá? Abraço
Oi, Ariane.
Pensando justamente na alimentação da Maria, nós preferimos alugar um apartamento a ficar em hotel por causa da cozinha. No dia da chegada, fui a um supermercado, comprei coisas para fazer comida pra ela e congelei.
Ainda assim, para variar o cardápio dela, eu sempre ia na Picard’s (guarde esse nome e anote a mais próxima do seu hotel; tem várias espalhadas pela cidade). Essa é uma loja que vende comida congelada de tudo quanto é tipo, inclusive orgânica e vegetariana. E tem uma linha ótima de papinhas para bebês. Aí eu comprava comida pra nós e pra Maria também. Foi super tranquilo!
(aliás, na Picard’s eu me acabava na linha de sobremesas e garantia os famosos doces parisienses sem gastar uma fortuna!) 😉
Olá Tiago!
Gostaria de saber mais sobre o carrinho que vcs usaram. Deu para usar em todos os lugares? Foi prático? Vc comprou lá ou levou daqui?
Oi, Damaris. Esse carrinho eu comprei lá em Paris. Mas me arrependi. Não foi fácil encontrar. Saí daqui achando que seria super fácil encontrar um carrinho guarda-chuva em Paris e que seria mais barato do que aqui mas a realidade foi totalmente diferente. Perdi uma manhã procurando esse carrinho e tive que ir numa região bem afastada da cidade, pegando metrô e ônibus para achá-lo numa loja de departamentos de bebê. E no final das contas o preço era similar ao daqui, sendo que eu não tive muita opção de escolha. Ou seja, não valeu mesmo a pena.
Se fosse hoje, eu levaria do Brasil mesmo, aproveitando a possibilidade de despachar no avião. E sobre a questão de ser prático, depende muito do lugar. Em Paris foi porque, tirando o sobe e desce de escada do metrô, a cidade em geral é plana. E quando a Maria não estava nele a gente apoiava as mochilas. Já em Lisboa ele não foi muito prático, não, porque a cidade é cheia de ladeira. Aí a gente acabou abandonando no primeiro dia.
Olá, amei seu roteiro.
Estarei indo em junho com minha bebe e minha dúvida é a alimentação…aluguei apartamento pensando em fazer as comidinhas delas…vcs voltaram pro apartamento para almoçar ou levaram a comida para dar onde estiver?