O Convento de São Francisco
Seguindo pela Rua Francisco Araújo, bem à esquerda da Catedral, e descendo por mais 150 metros na Rua Uruguai, chega-se ao prédio da antiga Igreja e Convento de São Francisco. Situado na encosta do Morro da Fonte Grande, o complexo é um dos poucos – senão o único – que não foi totalmente engolido pelo seu entorno.
Suas construções foram iniciadas em 1591 pelos padres franciscanos a pedido do 2º donatário da Capitania, Vasco Fernandes Coutinho Filho. A obra, que originalmente compreendia o convento, a igreja e uma capela, é finalizada somente em 1602. No ano de 1744, o frontispício da capela recebeu detalhes barrocos que desfiguraram seu aspecto original, de traços retos. E, em 1784, a torre sineira recebeu um terceiro sino (aquele pequeno, lá no alto).
Muito pouco (ou quase nada) de sua construção original, porém, continua de pé. No século XVIII, a Ordem Terceira de São Francisco abandonou o Espírito Santo, deixando o complexo praticamente ocioso. O imóvel, então, passou a ser requisitado pelas autoridades civis para atender a diversas finalidades, como, por exemplo, servir de escola e enfermaria. Até que, em 1926, o prédio é completamente remodelado (quer dizer, destruído) para abrigar o Orfanato Cristo Rei, que ali funcionou até 1960. Resultado: do que se vê atualmente apenas a fachada da igreja conventual, a torre com sino e as muralhas do antigo monastério são realmente originais. Nem mesmo o alpendre avarandado em arcos que se projeta à frente das ruínas é legítimo; embora preserve seu formato original, ele foi reconstruído em 1950.
Não fosse pela Capela de Nossa Senhora das Neves, construída no século XVIII, e pela visão do contraste entre as ruínas do convento e o concreto das vigas contemporâneas, a visita ao lado de dentro do complexo seria totalmente dispensável. Turistas mais religiosos talvez se interessem pela história da Arquidiocese de Vitória contada em grandes faixas num corredor logo na entrada (vale lembrar que ali funciona hoje a Cúria Metropolitana). Ou talvez pela coluna erguida no pátio interno com a imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição. Mas, de fato, não há nada ali que possa encher os seus olhos ou embelezar suas fotos.
(Fonte: Folder do Projeto Visitar e Livro “Espírito Santo: Aspectos Histórico e Religioso”, de Cláudio Rodrigues)
oi sao francisco eu estou fazendo um dever sobre voce bem chato voce sabia.
Sou um grande admirador de coisas antigas, ainda mais quando se trata de parte da minha infância,estou me referindo aos idos de 1945 , nasci em 1941, meus avós moravam nesse convento (3). Ao lado funcionava o Orfanato Cristo Rei, época do Padre Leandro.Me lembro que na hora do recreio, as crianças faziam um barulho ensurdecedor. Minha mãe passou parte de sua vida nesse convento, junto com as freiras. Cresci ouvindo histórias fantásticas desse lugar encantado.